Cerca de 300 igrejas, dezenas de prédios públicos e residências particulares da capital paulista, são iluminadas por vitrais, esses painéis decorativos feitos de vidros coloridos e transparentes. Simples, requintados ou mais rebuscados, os vitrais normalmente mostram desenhos ou figuras, representam cenas do cotidiano ou passam mensagens religiosas.
Historiadores contam que a utilização de vitrais em São Paulo começou em 1888, quando o alemão Conrado Sorgenicht fundou a Conrado Vitrais e Cristais na Rua do Triunfo, no bairro da Luz.
A igreja católica foi quem mais utilizou esse trabalho como elemento principal na decoração, nos brindando com verdadeiras obras de arte.
Um dos vitrais mais antigos de São Paulo é o do Mercado Municipal Central. Feitos na década de 30, são 72 peças com temas pecuários e agrícolas. Um trabalho parecido, mais recente, pode ser apreciado no mercado de frutas do Morumbi Shopping.
Mas são nas igrejas que se encontram a maioria dos vitrais paulistas, destacado-se os da Catedral da Sé, ao lado do altar-mor do Santíssimo, que mostram uma procissão de cristãos seguindo o Papa no ano de 1400.
Importante também os 34 vitrais de sete metros de altura cada um, localizados no Salão Nobre da Beneficência Portuguesa. Esses vitrais retratam a história do Brasil, mostrando inclusive cenas do descobrimento.
Entre as centenas de igrejas que possuem vitrais, estão a Igreja de Nossa Senhora da Esperança, em Moema, as igrejas de São Paulo e São Pedro, no Morumbi, a Basílica da Penha, a Igreja de São Judas Tadeu, na Av. Jabaquara, Santuário de Nossa Senhora, na rua Jaguaribe, entre outras.
Vale a pena conhecer também os vitrais da Faculdade de Direito, no Largo de São Francisco, onde 30 vitrais reproduzem quadros históricos célebres, com destaque para a famosa tela de Pedro Américo, a Proclamação da República. Em outra faculdade, a Fundação Armando Álvares Penteado, na Rua Alagoas – Higienópolis, pode-se apreciar cerca de 150 vitrais pequenos (1,0x1,0m), que reproduzem pinturas de artistas importantes como Portinari, Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral e Carybé, entre outros.
Finalmente não se pode deixar de visitar o Teatro Municipal de São Paulo, onde vitrais mostram as máscaras do Drama e da Comédia no estilo Barroco.
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